sábado, 12 de maio de 2012

Download Blackbook, ou melhor Whitebook!


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Whitebook! Isso mesmo... Feito especificamente para o pessoal do PSF.
Material produzido em Recife -PE

Excelente material enviado pelo Prof. Eduardo Augusto Lopes

Formato: doc.
Número de páginas: 46
Tamanho: 687 KB

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Blackbook – Clínica Médica – Livro


Blackbook – Clínica Médica – Livro


Livros eBooks Livro sobre Médicos  Blackbook   Clínica Médica   Livro Baixar grátis CompletoO Blackbook de Clínica Médica possui 736 páginas coloridas com 927 fotos e ilustrações e disponíveis 2 servidores para o download do ebook.
O livro foi desenvolvido pelo Dr. Reynaldo Gomes de Oliveira em parceria com o Dr. Ênio Roberto Pietra PedrosoProfessor Titular de Clínica Médica da UFMG.
O livro de Clínica Médica é o segundo da série Blackbook, onde os manuais são divididos em duas partes:
  • Conteúdo do livro:

A parte I do livro, de drogas, possui 243 páginas, 71 grupos de medicamentos e 4.625 apresentações.
As doses são apresentadas de forma detalhada e divididas por tipo de indicação.
Alem das doses para adultos estão disponíveis as doses dos medicamentos também para crianças.
Estão listados os preços unitários aproximados (por comprimido, ampola ou dose de 5 ml de suspensão/xarope etc.) de cada droga.
Dessa forma é possível comparar o custo da prescrição entre as diversas alternativas de tratamento.
As informações são apresentadas em planilhas, permitindo uma rápida visualização de todas as alternativas terapêuticas dentro de um determinado grupo de medicamentos, facilitando assim a identificação das vantagens e desvantagens de cada opção.
A segunda parte do manual é composta de 49 rotinas médicas, abrangendo os principais temas da Clínica Médica.
As rotinas fornecem todas as informações práticas e essenciais para as decisões de condutas médicas e são formatadas dentro de um esquema prático, simples, didático e de rápida leitura, em quadros do tipo:
“O que é”, “Quando suspeitar”, “Como confirmar ou afastar” e “Como tratar”.
Essas rotinas foram desenvolvidas com a preocupação de priorizar o que já foi bem definido em trabalhos científicos bem desenhados e controlados, dentro do espírito de estimular a prática de uma “medicina baseada em evidências”.
  • Tamanho: 485 MB
  • Idioma: Português
  • Formato: PDF

Tecido Epitelial


Tecido Epitelial

A forma e as características das células epiteliais:

Forma poliédrica, devido ao fato das células serem justapostas formando folhetos ou aglomerados tridimensionais, a forma do núcleo geralmente acompanha a forma das células.

Praticamente todas as células epiteliais estão apoiadas por um tecido conjuntivo .Se o epitélio recobre cavidades de órgãos ocos, a camada de tecido conjuntivo recebe o nome de lâmina própria, a porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo é denominado porção basal, ou pólo basal, e a extremidade oposta é denominada porção apical ou pólo apical, e a superfície dessa região é denominada superfície livre, já as superfícies das células epiteliais que se encontram às células vizinhas são chamadas paredes laterais.

· Lâminas basais e membranas basais:
Na superfície de contato entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo há uma lâmina basal, que só é visível ao microscópio eletrônico .Aparece como uma camada elétron-densa, formada por uma delicada rede de fibrilas (lâmina densa), pode apresentar também uma camada de elétron-lucentes nos lados da lamina densa (lâminas lúcidas). Os componentes principais das laminas basais (secretados pelas células epiteliais) são: colágeno tipo IV, glicoproteínas (laminina, entactina e proteoglicanas).
As laminas basais existem também em outros tipos de células que entram em contato com o tecido conjuntivo, ela forma uma barreira que limita ou controla a troca de macromoléculas entre essas células e o tecido conjuntivo, estão presentes também entre camadas de epitélio adjacentes ou muito próximas.
Há casos em que fibras reticulares, produzidas no tecido conjuntivo, se associam as lâminas basais, formando as laminas reticulares.

Funções: papel estrutural, filtração de moléculas, influenciam na polaridade das células, regulam a proliferação e a diferenciação celular, influem no metabolismo celular, organizam proteínas nas membranas plasmáticas de células adjacentes, servem como caminho e suporte para a migração de células , contem informações necessárias para algumas interações célula-célula .

Membrana basal: nome dado a estrutura visível ao microscópio de luz, que resulta da união de duas laminas basais, ou de uma lamina basal e outra reticular.

· Junções intercelulares:
Estruturas responsáveis pela coesão e comunicação entre células.
Sabe-se que as células epiteliais apresentam uma intensa adesão mútua, o que ocorre devido, em partes, a ação coesiva de glicoproteínas transmembranares, chamadas caderinas, que perdem sua capacidade de aderência na ausência de íons de cálcio . Além dessas macromoléculas, há especializações que aumentam a adesão, as junções intercelulares, que servem não apenas para a adesão, como também para a vedação, além de que podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes, logo há uma classificação:

1. Junções de adesão, zônulas de adesão: circunda toda a célula e contribui para a aderência entre células vizinhas.

2. Junções impermeáveis, zônulas de oclusão: costumam ser mais apicais. “Zônula” significa cinturão, logo circunda toda a célula, e “oclusão” se refere a fusão de membranas, portanto ocorre a vedação do espaço intercelular. Função: promover a vedação, o que impede o movimento de materiais entre células epiteliais, participam da formação de compartimentos funcionais, delimitados por folhetos embrionários de células epiteliais. (A junção da zônula de oclusão com a de adesão que circunda toda a parede lateral da região apical de vários tipos de epitélio, é denominada complexo unitivo)

3. Junções de comunicação, junções comunicantes ou junções GAP: presente em qualquer local das membranas laterais, são formadas por porções de membrana plasmática em forma de placas. As proteínas da junção comunicante: conexivas, se organizam em torno de um poro, esse conjunto é denominado conexon. Conexons de uma célula se unem a conexons de outra célula, formando canais hidrófilos, permitindo o intercambio de moléculas, como as de sinalização .Inibidores metabólicos, inibem a formação de junções ou desfazem as já existentes.

4. Desmossomo ou mácula de adesão: estrutura complexa, em forma de disco, presente na superfície de uma célula,e que é sobreposto a uma estrutura idêntica presente na superfície da célula adjacente, promove uma adesão bem forte, que é inibida pela ausência de cálcio

5. Hemidesmossomos: estrutura similar ao do desmossomo, prendem a célula epitelial a lâmina basal.

Além disso, há também a presença de papilas, que aumentam a área de contato, através de evaginações, estão presentes em maior freqüência em tecidos epiteliais de revestimento, sujeito a tensão mecânica, ex.: pele, língua e gengiva .

Especializações da superfície livre das células epiteliais:

Funções: aumentar a superfície de contato ou locomover partículas.

· Microvilos: pequenas projeções do citoplasma, com expansões curtas ou na forma de dedos.
Em células que exercem intensa absorção o glicocálix é mais espesso que nas maiorias das células, e o conjunto de glicocálix e microfilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em escova, ou borda estriada .

· Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimo e do ducto deferente, que na verdade são microfilos longos e ramificados. Eles aumentam a superfície de contato, facilitando o movimento de moléculas.

· Cílios e flagelos: prolongamentos dotados de mobilidade, apresentam dois microtúbulos centrais, e pares de microtúbulos periféricos.
Os cílios estão inseridos em corpúsculos basais, que são estruturas eletron-densas, situadas no ápice das células, logo abaixo da membrana . O movimento ciliar é freqüentemente coordenado para permitir que uma corrente seja impelida ao longo do epitélio .
Os flagelos estão presentes, no corpo humano, apenas nos espermatozóides, e sua estrutura é semelhante a dos cílios, porém os flagelos são mais longos e limitados por células.

Tipos de epitélio:
· Epitélio de revestimento: as células são organizadas em camadas, que cobrem a superfície externa e revestem cavidades.

Classificação, de acordo com o número de camadas:

1. Epitélio simples: possuem apenas uma camada de células, pode ser, de acordo com o formato das células

2. Epitélio estratificado, contem mais de uma camada de células
De acordo com a forma de suas células, o epitélio simples pode ser:

1. Pavimentoso: ex.: endotélio e mesotélio (reveste cavidades do corpo)

2. Cúbico: ex.: epitélio que reveste externamente o ovário

3. Prismático; reveste o intestino delgado

O epitélio estratificado pode ser:

1. Pavimentoso:
Não queratinizado: reveste cavidades úmidas, ex.: esôfago, vagina .
Queratinizado: reveste superfície secas, ex.: pele.
Ambos apresentam várias camadas de células, sendo que as que se localizam próximas ao tecido conjuntivo (células basais) apresentam formato cúbico ou prismático, porém, a medida que se aproxima do ápice, o formato das células fica cada vez mais irregular, até que na superfície elas se tornam achatadas. Nos epitélio não queratinizado as células achatadas da superfície retém os núcleos e boa parte das organelas; enquanto que no queratinizado as células mais superficiais são mortas, e seu citoplasma é ocupado por grande quantidade de filamentos intermediários de citoqueratina .

2. Prismático: (raro) presente apenas na conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores, como os das glândulas salivares.

Epitélio de transição: epitélio estratificado cuja a parte mais superior é formado por células globosas, reveste a bexiga urinária (a forma das células muda de acordo com o aumento da bexiga), o ureter e a parte superior da uretra .

Epitélio pseudo-estratificado: é formado por apenas umas camada de células, porém os núcleos parecem estar em várias camadas. Reveste as passagens respiratórias.

Células neuroepiteliais: constituem epitélios com funções sensoriais especializada, ex.: células das papilas gustativas e da mucosa olfatória .

Células mioepiteliais: células ramificadas com miosina e actina, capazes de se contrair, abraçam a unidade secretora da glândula, e se contraem afim de expelir os produtos da secreção, estão presentes nas porções secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e salivares.

· Epitélios glandulares:
Composto por células especializadas na atividade de secreção, as moléculas a serem excretadas são armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, e são chamados de grânulo de secreção .
Podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas (pâncreas), lipídeos (adrenal, glândulas sebáceas) ou complexo de carboidrato e proteínas (glândulas salivares).

Tipos de epitélio glandulares:
· Glândulas unicelulares: células glandulares isoladas, ex.: célula caliciforme (presente no revestimento do intestino e do trato respiratório)
· Glândulas multicelulares: composta por agrupamento de células. São normalmente envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo, em que prolongamentos dessa cápsula são chamados de septos e dividem a glândula em porções menores, denominadas lóbulos, os vasos sanguíneos e nervos que penetram na glândula se subdividem no interior dos septos.
As glândulas são formadas a partir de epitélio de revestimento cujas células se proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, daí sofrem uma diferenciação (o que ocorre durante o desenvolvimento embrionário), tipos de glândulas multicelulares:
· Glândulas exócrinas: mantém sua conexão com o epitélio do qual se originaram, apresentam ductos tubulares, pelos quais a secreção são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade.
Apresentam uma porção secretora, onde estão as células responsáveis pelo processo secretório; e um ducto, que transporta a secreção eliminada das células.

Classificação:
1. Glândulas simples: apresenta apenas um ducto não ramificado . Podem ser separadas, de acordo com sua porção secretora, podendo ser: tubulares (porção secretora em forma de tubo), tubulares ramificadas ou acinosas (porção secretora esférica ou arredondada).
2. Glândulas compostas: apresentam ductos ramificados, podem ser separadas de acordo com a classificação da sua porção secretora, que pode ser: tubulares, acinosas ou túbulo-acinosas.
· Glândulas endócrinas: não apresentam ductos tubulares, portanto sua secreção é lançada no sangue e transportada para o seu local de atuação através dos vasos sangüíneos.

Existem dois tipos de glândulas endócrinas:
1. Células formam cordões enrolados em capilares sanguíneos (adrenal, paratireóide, lóbulo anterior da hipófise).
2. Células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado (glândula tireóide)
Alguns órgãos apresentam funções tanto endócrinas, quanto exócrinas, e um só tipo de célula pode realizar as duas funções (ex.: Fígado), há também órgãos que apresentam um tipo de célula para realizar cada tipo de função (pâncreas, células acinosas: secretam enzimas digestivas para o ducto pancreático, enquanto que ilhotas secretam hormônios insulina e glucagon para a corrente sanguínea).

De acordo com o modo pelo qual os produtos são secretados, as glândulas podem ser classificadas como:
1. Merócrinas: a secreção é liberada pela célula por meio da exocitose, sem nenhuma perda celular, ex.: pâncreas.
2. Holócrinas: o produto de secreção é eliminado junto com toda a célula, ocorre a destruição das células repletas de secreção, ex.: glândulas sebáceas.
3. Apócrino: onde o produto de secreção é descarregado junto com porções do citoplasma apical

Biologia dos tecidos epiteliais:
· Polaridade: devido a diferente estruturação e composição de organelas presentes no ápice com organelas presentes na base de uma célula epitelial, ocorre uma polaridades nessas células, o que implica que diferentes partes dessa célula podem ter diferentes funções.
· Inervação: a maioria dos tecidos epiteliais apresentam abundante irrigação nervosa, além da inervação sensorial, há também, a inervação motora, responsável pelo funcionamento de muitas células secretoras.
· Renovação das células epiteliais: são estruturas bem dinâmica e renovadas pela atividade mitótica, a taxa de renovação varia de acordo com o epitélio .A divisão ocorre nas células mais próximas a lamina basal, onde se encontram as células tronco desse epitélio .
Aplicação médica: metasplasia: capacidade que um tecido epitelial possui de se transformar em outro, devido a condições especiais, é um processo reversível, e pode ocorrer também no tecido conjuntivo .
· Controle da atividade glandular: há tanto o controle nervoso, como o endócrino, sendo que, geralmente, apenas um deles predomina . Ambos os tipos de controle se dão através da ação de substancias químicas, denominados mensageiros químicos.
· Células que transportam íons: todas possuem a capacidade de transporte através do transporte ativo, células epiteliais usam desse meio, através da bomba de sódio e potássio, para transferir sódio através do epitélio, para a base (transporte transcelular), tal procedimento, visa a manutenção do equilíbrio elétrico e osmótico .
· Células que transportam por pinocitose: observado em epitélios simples pavimentos (endotélios e mesotélios), as células apresentam poucas organelas, e usam desse meio para transportar moléculas entre uma cavidade e o tecido conjuntivo, e vice-versa .
· Células serosas: (ex.: células acinosas do pâncreas e glândulas salivares), são poliédricas ou piramidais, núcleos centrais arredondados, região basal apresenta grande acúmulo de retículo endoplasmático rugoso associados a muitos polirribossomos, região apical apresenta um complexo de Golgi bem desenvolvido, e muitas vesículas arredondadas, envolvidas por membranas e com um conteúdo rico em proteínas, são os chamados grânulos de secreção (em células que produzem enzimas digestivas, são denominados grânulos de zimogênio). Os grânulos são sintetizados no complexo de golgi, e permanecem na célula até seu total amadurecimento, a partir daí, são eliminados, sob a ação da exocitose.
· Células secretoras de muco: exemplo: célula caliciforme dos intestinos, apresenta numerosos grânulos contendo muco (constituído por glicoproteínas), estão situados na porção apical da célula, núcleo na base, ao redor está o RER, complexo de golgi logo acima do núcleo (muito desenvolvido), as proteínas são sintetizadas na base das células os monossacarídeos são acrescentado a proteínas por enzimas.
· Sistema neuroendócrino difuso: são célula endócrinas presentes no tecido epitelial de revestimento, distribuídas por todo o organismo, possuem a capacidade sintetizar hormônios e promover a descarboxilação de aminoácidos, muito das aminas e hormônios produzidos por esse tipo de célula agem como mediadores químicos no sistema nervoso .
Aplicação médicas: Apudomas: tumores derivados de células secretoras de polipeptídios, diagnóstico feito normalmente pela realização de imunocitoquímica em cortes de biópsia do tumor.

· Células secretoras de esteróides: células endócrinas com as seguintes características:
1. Acidófilas, poliédricas ou arredondadas, com núcleo central.
2. Citoplasma com abundante retículo endoplasmático liso, que possui as enzimas necessárias para a sintetização de colesterol e a capacidade de transformar a pregnenolona, produzida nas mitocôndrias, em andrógenos, estrógenos e progestágenos.
3. Mitocôndrias esféricas ou alongadas, com cristas tubulares, ao invés das cristas em forma de prateleiras, usualmente encontradas, apresentam as enzimas necessárias para a clivagem da cadeia lateral do colesterol e para a produção do pregnenolona, também participa das reações subseqüentes para a produção de hormônios esteróides.
Aplicação médica: tumores derivados de células epiteliais: tumor maligno de origem epitelial: carcinoma, os derivados de tecido epitelial glandular, são: adenocarcinomas. Os carcinomas compostos por células diferenciadas refletem características morfológicas específicas e comportamentos das células das quais se originaram (por exemplo: produção de queratina, muco e hormônios). Carcinomas indiferenciados são freqüentemente difíceis diagnosticar só por análise morfológica, como esses carcinomas freqüentemente contem queratina, a detecção dessas substancias por imunocitoquímica em geral ajuda a determinar o diagnóstico e o tratamento desses tumores.
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ESTUDO DIRIGIDO
1. Quais são os quatro tipos básicos de tecidos que constituem o organismo?
2. Cite resumidamente as características de cada tipo básico citado.
3. As células epiteliais podem apresentar formas variadas. Quais são elas?
4. Como essas células se organizam?
5. Qual a relação entre a forma do núcleo e a forma da célula?
6. Qual o conceito de lâmina própria?
7. Qual o conceito de lâmina basal? A lâmina basal pode ser vista ao MO?
8. Qual o conceito de membrana basal? A membrana basal pode ser vista ao MO?
9. Cite os tipos de junções celulares existentes entre as células epiteliais e especifique a função de cada um deles.
10. Qual a estrutura de uma zônula de oclusão? Cite um exemplo no organismo da importância dessa junção.
11. Que particularidade a junção GAP (comunicante) apresenta que permite o desempenho de sua função? Cite um exemplo no organismo da importância dessa junção.
12. Quais são as especializações da superfície celular encontradas em epitélios? Dê exemplos de localização.
13. Qual a estrutura de cada tipo de especialização da superfície celular citado acima.
14. Quais são os parâmetro considerados para efetuar a classificação dos epitélios de revestimento?
15. Quando um epitélio de revestimento é considerado simples?
16. Quando um epitélio de revestimento é considerado estratificado?
17. Cite os tipos de epitélio de revestimento considerados simples. Dê exemplos de localização.
18. Cite os tipos de epitélio de revestimento considerados estratificados. Dê exemplos de localização.
19. Cite as características de um epitélio de revestimento pseudo-estratificado.
20. Como é possível distingüir, em uma lâmina histológica, um epitélio pseudo-estratificado de um estratificado verdadeiro?
21. Por que alguns epitélios de revestimento apresentam várias camadas de células enquanto outros apresentam apenas uma?
22. Cite as funções do epitélio de revestimento e indique qual o elemento ou organização epitelial é responsável por tal função.
23. Explique o processo de formação de uma glândula exócrina.
24. Cite as porções constituintes de uma glândula exócrina.
25. Como podem ser classificadas as glândulas exócrinas quanto à ramificação do seu ducto?
26. Como podem ser classificadas as glândulas exócrinas quanto à forma da porção secretora?
27. Como podem ser classificadas as glândulas exócrinas quanto ao modo de eliminação da secreção?
28. Em uma glândula qualquer, que possa ser dissecada, qual seria o parênquima glandular? E qual seria o estroma glandular?
29. Qual a definição de uma glândula exócrina?
30. Explique o processo de formação de uma glândula endócrina.
31. Qual a definição de uma glândula endócrina?
32. Qual o nome dado ao produto de secreção de uma glândula endócrina qualquer?
33. Como são classificadas as glândulas endócrinas? Como se organizam as células secretoras nesses tipos glandulares citados.
34. Descreva como se dá a nutrição, oxigenação e a remoção do refugo do metabolismo de células epiteliais.
35. Epitélios são inervados?
36. Qual o conceito de camada basal de um epitélio estratificado. Qual a importância dessa camada?
37. Qual o conceito de camada da superfície livre em um epitélio estratificado? Qual a importância dessa camada?
38. Cite a estrutura de uma célula que transporta íons. Por que esse tipo celular apresenta muitas mitocôndrias?
39. Cite a estrutura de uma célula serosa. Dê exemplos de localização de células serosas.
40. Cite a estrutura de uma célula mucosa. Dê exemplos de localização de células mucosas (outras que não as caliciformes).
41. Qual a função do muco secretado por células caliciformes do trato respiratório?
42. Qual a função do muco secretado por células caliciformes dos intestinos?
43. Por que o epitélio de revestimento do intestino grosso apresenta maior quantidade de células caliciformes quando comparado ao intestino delgado?
44. Cite a estrutura de uma célula secretora de esteróides.

Células do Sague


Células do Sague

O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma (parte liquida).

Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos (hemácias), as plaquetas (fragmento do citoplasma ou de megacariócitos da medula óssea) e leucócitos (glóbulos brancos). Para saber a composição do sangue realiza-se um exame denominado hematócrito, no qual o sangue é tratado com substancias anticoagulantes e depois é centrifugado, assim ele se separa em diversas camadas: o plasma corresponde ao sobrenadante translúcido e amarelado; os glóbulos se sedimentam em duas camadas: a inferior composta pelas hemácias e a camada imediatamente superior de cor acinzentada, que contem os leucócitos; sobre os leucócitos repousa uma delgada camada de plaquetas (não visíveis a olho nu). O hematócrito permite também estimar o volume sangúineo ocupado por cada componente do mesmo, e se varia entre homem e mulher, adulto e criança .

A principal função do sangue é transportar.

Leucócitos (células de defesa), que são as primeiras barreiras contra uma infecção, atravessam por diapedese (saída ativa de leucócitos do sistema circulatório) a parede de vênulas e capilares, e vão para as áreas atacadas. Oxigênio, ligado a hemoglobina dos eritrócitos, e gás carbônico, ligado a hemoglobina ou dissolvido no plasma (que também transporta nutrientes metabólicos dos locais de absorção ou síntese). As escórias do metabolismo, removidas do sangue pelos órgão de excreção . Distribuição de hormônio, o que possibilita a troca de mensagens químicas entre órgãos distantes. Além de ser um importante regulador na distribuição de calor, no equilíbrio ácido-básico e no equilíbrio osmótico dos tecidos.

Composição do plasma:
Solução aquosa, com componentes de variado peso molecular (em equilíbrio com o líquido intersticial, portanto, a composição do plasma é um indicador da composição do líquido extracelular), proteínas plasmáticas (que participam da coagulação sanguínea, controla a pressão osmótica do sangue-albumina-, anticorpos-gamaglobulinas-), sais inorgânicos e compostos orgânicos diversos (vitaminas, hormônios e glicose).

Eritrócitos (hemácias):
Anucleados, com grande quantidade de hemoglobina (proteína transportadora de oxigênio), com forma de disco bicôncavo (para proporcionar uma maior área, com relação ao seu volume), possuem grande flexibilidade (sofrem deformações temporárias, para passar por certos capilares, mas não se rompem).

Aplicação médica: Anemias: podem ser caracterizadas: pela baixa concentração de hemoglobina no sangue, causada pela diminuição do número de eritrócitos (hemorragia, má produção na medula ou destruição acelerada dos eritrócitos), ou pelo fato de eles conterem pouca hemoglobina (deficiência de ferro na alimentação), sendo mal corados (anemia hipocrômica). Já o aumento do número de eritrócitos (eritrócitos ou policitemia), pode ser ocasionada por uma adaptação fisiológica (quando o individuo viaja para locais de grande altitude, em que a pressão parcial de oxigênio é menor) ou patológica (cuja conseqüências são: aumento da viscosidade do sangue, o que dificulta a circulação nos capilares.

Os eritrócitos quando colocados num meio hipotônico, sofrem tumefação, isto é, suas hemácias se tornam esféricas e a hemoglobina se dissolve no meio (hemólise), é um processo utilizado quando se deseja estudar a membrana celular. Já, quando suspensos numa solução hipertônica se encolhem irregularmente (hemácia crenadas).

As hemácias obtém sua energia através da via anaeróbica, por fermentação láctica (90%) e via das pentoses (10%).

Os eritrócitos possuem grande quantidade de hemoglobina, molécula formada por quatro subunidades, cada uma com um grupo de heme (derivado do ferro 2+) ligado a um polipeptídeo .

Devido a variações na cadeia polipeptídica existem vários tipos de hemoglobina (A1, A2 e F). Hemoglobina A1 (Hb A1) e a hemoglobina A2 (Hb A2) são hemoglobinas presentes num adulto normal. Enquanto que a hemoglobina fetal (hemoglobina F ou Hb F), está presente em embriões e é muito mais ávida por oxigênio (já que o embrião só obtém oxigênio pela placenta). Nos pulmões, onde a pressão parcial do oxigênio é alta, cada molécula de Hb se combina com quatro de oxigênio, formando a use-hemoglobina, que é reversível, pois quando se chega aos tecidos, onde a pressão parcial de oxigênio é baixa, o oxigênio dessas moléculas se transfere as célula, e a Hb pode se ligar ao gás carbônico, formando a carbamino-hemoglobina, que também é reversível, porém a maior parte de gás carbônico é transportada dissolvida no plasma .

Aplicações médicas: modificações na estrutura das hemácias, resultam num mal funcionamento das mesmas, ocasionando doenças, como a anemia falciforme. Que quando desoxigenada, sua hemoglobina (Hb S) se polimeriza e forma agregados que dão aos eritrócitos uma forma comparável a uma meia lua, esse eritrócito é frágil, sem flexibilidade, com uma vida curta . Assim, o sangue se torna viscoso e prejudica o fluxo sanguíneo, o que leva a uma deficiência no transporte de oxigênio (hipóxia ), lesões na parede capilar e coagulação sanguínea . O monóxido de carbono também pode se associa a Hb, formando um complexo muito mais estável, impedindo o transporte de oxigênio . Agentes oxidantes, podem transformar o ferro 2+ em ferro 3+, dando origem a meta-hemoglobina, composto sem afinidade com o oxigênio, pode ser convertida a Hb, por um sistema enzimático do eritrócito a NADH meta-hemoglobina redutase. Esferocitose hereditária, doenças das hemácias que a tornam esféricas e muito vulneráveis a ação dos macrófagos, é um problema nas proteínas do citoesqueleto dos eritrócitos, que impede a manutenção da forma bicôncava, a remoção cirúrgica do baço melhora essa esferocitose, já que o baço contém grande quantidade de macrófago e é o principal local em que as hemácias são destruídas.

As hemácias são produzidas e maturadas na medula óssea, no seu processo de maturação perdem o núcleo e diversas outras organelas. Duram 120, e são destruídas por macrófagos.

Leucócitos:
São incolores, com forma esférica e participam das defesas celulares e imunocelulares do organismo, deixam os capilares por diapedese e penetram no tecido conjuntivo . Quando os tecidos são invadidos por microorganismos os leucócitos são atraídos por quimiotaxia, isto é, substancia originadas dos tecidos, dos plasmas sanguíneos e dos microorganismos provocam nos leucócitos uma resposta migratória, dirigindo essas células para os locais de maior concentração de agentes quimiossintáticos. O aumento do número de linfócitos chama-se leucocitose, enquanto que a diminuição leucopenia .

Podem ser de dois grupos: granulócitos (polimorfonucleares) ou agranulócitos.

Os granulócitos, tem núcleo de forma irregular, com grânulos específicos envolto por membranas. De acordo com seus grânulos podem se diferenciar em três tipos: neutrófilos, eusinófilos e basófilos. Com vida muito curta e restos celulares removidos pelos macrófagos (morrem por apoptose).

Os agranulócitos possuem núcleo mais regular, e seu citoplasma não tem granulações específicas, apenas pode apresentar grânulos azuróficos. Há dois tipos: linfócitos e monócitos.
Neutrófilos (polimorfonucleares):
Possuem o núcleo formado por lobos, ligados entre si por finas pontes de cromatina . A célula muito jovem tem núcleo não segmentado e em forma de bastonete (neutrófilo bastonete). Já os núcleos muito segmentados são denominados hipersegmentados e são característicos de células velhas.

Aplicação médica: no sangue normal há pequena quantidade de bastonete, sua elevação resulta de infecções bacterianas.
Nos núcleos dos neutrófilos de mulheres aparece um pequeno apêndice, que contém a cromatina sexual X, inativa . O citoplasma dos neutrófilos possui dois tipos de granulações: os grânulos específicos (finos) e os grânulos azurófilos (lisossomos).
Aplicação médica: os neutrófilos participam da defesa celular, quando presentes no sangue circulante possuem formato esférico e não são capazes de fagocitar, enquanto que ao encontrar um substrato sólido no qual podem emitir pseudópodos, adquirem formas amebócitos ou fagocitárias. Como ocorre: a bactéria é rodeada por pseudópodos que se fundem ao seu redor, assim ela passa a ocupar um vacúolo .Grânulos específicos e azurófilos, situados nas proximidades fundem suas membranas com as dos fagossomos e esvaziam seu conteúdo no interior do mesmo, ao mesmo tempo bombas de prótons localizadas nas membranas do fagossomo acidificam o interior desse vacúolo, para torná-lo um ambiente propício a atuação das enzimas. Durante a fagocitose há um aumento brusco no consumo de oxigênio, devido a produção do peróxido de hidrogênio e ao ânion super óxido, ambos oxidantes energéticos, e provavelmente os principais responsáveis pela morte das bactérias fagocitadas. Componentes dos grânulos específicos atacam as peptideoglicanas das paredes de bactérias Gram-positivas e prejudica o metabolismo da mesma . Morto o microorganismo, as enzimas lisossômicas promovem sua hidrólise em moléculas pequenas que se difundem para fora do fagossomo . Quando as bactérias não morrem, ou os neutrófilos morrem aparece um líquido viscoso, amarelado, contendo todo esse matéria, o pus.

Eusinófilos:
Menos numeroso, com núcleo geralmente bilobulado, apresenta grânulos ovóides maiores que a dos neutrófilos.

Aplicação médica: fagócito e digerem complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em caso de alergia . São atraídos para as áreas de inflamação alérgica pelas histaminas (produzidas por basófilos e mastócitos). Os eusinófilos produzem moléculas que inativa o leucotrieno e a histamina, controlando a inflamação . Participam da defesa contra os parasitas Shistossoma Mancini e Trypanosoma cruzi. Tanto no caso de parasitos como no de alergia há um aumento no número de eosinófilos (eosinofilia). Não são células especializadas para a fagocitose de microorganismos, sua atividade defensiva consiste na liberação de seu grânulos, e pela fagocitose do complexo antígeno-anticorpo . Corticosteróide (hormônios da camada cortical da adrenal) induzem a uma queda imediata da concentração dos eosinófilos, e retardam a passagem deles da medula óssea (local de sua produção).

Basófilos:
Núcleo volumoso, forma retorcida e irregular, citoplasma carregado de grânulos maiores que os dos outros granulócitos, contém muitos filamentos ou partículas alongadas. Contém histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos, e heparina (responsável pela metacromasia do grânulo). Sua membrana, assim como a dos mastócitos também possui receptores para a imunoglobulina E (Ig E).

Linfócitos:
Células esféricas, podem ser: pequenos ou grandes.
Linfócitos pequenos: mais abundante, com núcleo esférico, cromatina se dispõe em grumos grosseiros, o núcleo aparece escuro, o citoplasma é pequeno e escasso, é pobre em organelas, divididos em dois tipos B e T. Ao contrário dos outros leucócitos, os linfócitos possuem a capacidade de retornarem ao sangue.

Monócitos:
Células com núcleo ovóide, cromatina frouxa com arranjo mais delgado que a dos linfócitos, com dois ou três nucléolos. Citoplasma com grânulos azurófilos (lisossomos), muito finos, e podem preencher todo o citoplasma . Sua superfície apresenta muitas microvilosidades e vesículas de pinocitose.
São originados na medula óssea, onde sofrem um processo de maturação, daí passa para o sangue, onde permanecem alguns dias, depois migram para os tecidos, onde se transformam em macrófagos.

Plaquetas:
Corpúsculos anucleados, com forma de disco, derivados de células gigantes da medula óssea os megacariócitos. Realizam a coagulação sanguínea e auxiliam a reparação das paredes dos vasos sanguíneos, evitando a perda de sangue. Possuem um sistema de invaginações (sistema canalícular aberto), em que a parte interna se comunica facilmente com a membrana, disposição importante para a liberação das moléculas ativas armazenadas nas plaquetas.
São constituídas pelo hialômetro (parte azul-clara) que possui microfilamentos de actina e miosina responsáveis pela contração pela contração das plaquetas, e sua parte externa da membrana é rica em glicoproteínas e glicosaminoglicanas, responsáveis pela adesividade das plaquetas e que podem absorver compostos diversos. E o cromômero, com grânulos densos ou delta, que armazenam ATP, ADP e serotonina, há também os grânulos alfa com fibrinogênio e fator de crescimento plaquetário, que estimula as mitoses do músculo liso dos vasos sanguíneos e a cicatrização de feridas e o grânulos lambdas, que são os lisossomos.

Aplicação médica: Hemostasia, processo que impede a perda de sangue (hemorragia), promove a coagulação do sangue. A participação das plaquetas na coagulação do sangue pode ser assim descrita:

Agregação primária: descontinuidades do endotélio produzidas por lesão vascular são seguidas pela absorção de proteínas do plasma sobre o colágeno que restou, as plaquetas também aderem a esse colágeno, formando um tampão plaquetário .

Agregação secundária: As plaquetas do tampão liberam ADP, que é indutor a agregação plaquetária, aumentando o tampão .

Coagulação do sangue: ocorre pela interação seqüencial de diversas proteínas plasmáticas, originando um polímero, a fibrina, e formando uma rede fibrosa tridimensional, que aprisiona leucócitos e plaquetas, forma-se um coágulo sanguíneo mais resistente.

Retração do coágulo: inicialmente faz uma grande saliência para o interior do vaso, mas depois pela ação da miosina, actina, ATP e plaquetas, ele se contrai.

Remoção do coágulo: protegido pelo coágulo a parede do vaso se renova e o coágulo é removido pela ação da enzima plasmina, formada pela ativação da proenzima plasmática plasminogênio, pelos ativadores produzidos no endotélio .Enzimas liberadas pelos lisossomos das plaquetas também auxiliam na remoção do coágulo .

Pós-operatório


Pós-operatório

Na cirurgia abdominal, a dor deve chamar a atenção caso a mesma não tenha cessado após 48 horas do procedimento cirúrgico. Quando persiste a partir daí deve chamar a atenção para complicações. A principal causa é o íleo paralítico – distúrbios eletrolíticos (hipocalemia), desidratação, irritação peritoneal, fistulas ou deiscência de anastomose.

Podem ocorrer espasmos musculares que só cedem com altas dosers de narcóticos ou relaxante muscular, cessam em 48 horas.

As náuseas e vômitos costumam ocorrer após 18 horas da cirurgia, caso continuem a ocorrer após 24 horas, indica que há complicação.

A constipação intestinal pode ocorrer até 5 dias após o procedimento cirúrgico; é o chamado íleo adinâmico. O início da evacuação pode ocorrer 5 x ao dia, episódios de diarréia podem indicar comprometimento da circulação intestinal. Obstipação mais de 6 dias, pensar em obstrução intestinal. Diarréia no 7º PO e distensão abdominal, falam a favor de obstrução. A presença de fezes, flatos e RHA não significa boa evolução.

Peritonite precoce – é mais comum em pacientes que já apresentavam peritonite no pré-operatório e nas cirurgias em que houve contaminação da cavidade. A distensão abdominal persistente e a presença de dispepsia é indicativo da possível presença de peritonite. Ela deve ser tratada com a descompressão gástrica. Há grande seqüestro de fluidos para o terceiro espaço, aparecem taquicardia, oligúria e hipotensão.

Quando o paciente vem evoluindo bem, e ocorreu a peritonite no 4º a 9º PO, indica que houve a formação de fístula. A dor é nova, fora da ferida, acompanhada de náuseas, vômitos e distensão abdominal. Os ruídos podem continuar presentes, há alteração hemodinâmica de fluido para o terceiro espaço e febre. O diagnóstico definitivo é dado pelo exame contrastado.

O abscesso aparece cerca de 10 a 14 dias do pós-operatório, podendo Tb aparecer meses após. O RX pode mostrar nível HÁ, sugestivo de abscesso.

A causa mais comum de dor abdominal no pós-operatório é o íleo adinâmico. Ocorre a distensão abdominal caso o paciente tenha sido alimentado muito cedo ou a SNG tenha sido retirada precocemente. Os sinais de obstrução intestinal associado a febre, indica a presença de abscesso.

A prescrição do PO – analgésicos de horário por 48 horas, após S/N, antieméticos por 24h, após, s/n; prevenção de TVP e gastrite de estresse. O consumo diário de líquidos nos pacientes é cerca de 30ml/kg. A necessidade de Na é de 1 a 2 meq/kg a de K, ½ a 1 meq/kg.

O SF é grande fonte de Na e Cl, de forma a provocar hipernatremia, hipercloremia e
acidose (para excretar o cloreto, retém H); ele está indicado nos casos de hiponatremia, hipocloremia e alcalose. O mais utilizado é o Ringer Lactato. Após 1 h da administração, apenas 25% permanece no intravascular. No caso do SG5% apenas 10% permanece no intravascular – é usado para a reposição das perdas insensíveis e aporte calórico.

Os colóides estão indicados quando o aporte hídrico não pode ser mantido apenas com os cristalóides.

A regra básica para a reposição hídrica, é: 100x10 + 50x10 + 20xdemais quilos.; 1 a 2 mEq de Na e 0,1 a 1 Meq de K (só a partir do 2º PO).

A analgesia deve ser mantida de horário nos dois primeiros dias do pós-operatório; principalmente em cirurgias torácicas e de abdome superior para evitar a atelectasia. Deve ser evitado opióide em cirurgias intra-abdominais devido a indução de íleo paralítico.

O uso de antieméticos de horário devem ser evitados após o 2º PO para não mascarar o íleo paralítico.

A profilaxia para a TVP é utilizada para pacientes com fatores de risco – trauma, imobilização prolongada, idade, obesidade, ACO, câncer e dç cardiovascular. O local mais comum da formação de trombos é na panturrilha, sendo que o TEP ocorre em torno do 7º PO.

No pós-operatório, os movimentos pulmonares na caixa torácica estão diminuídos, o que predispõe a pneumonia. Deve ser realizado a analgesia adequada e fisioterapia respiratória.

A peristalse do ID inicia-se 6 a 24h, do estômago, 24 a 48h e do cólon, 48 a 72 horas. É bom aguardar a eliminação de flatos antes do reinício da dieta. Não há necessidade da progressão lenta. Há aumento das necessidades calóricas de acordo com o procedimento cirúrgico – eletiva – 10%; trauma – 10 a 30%; sepse – 50 a 80%; queimados 100 a 200%. Há a necessidade de 30 a 35 cal/kg e 0,8 a 2g/kg de proteínas. A nutrição enteral está indicada quando o paciente não consegue comer por boca ou não consegue atingir ¾ das calorias necessárias.

Os pacientes com fístulas ou com má nutrição severa (perda maior de 30% do peso usual) – NPP. A NPP acaba por trocar a fonte de energia da gordura para a glicose, acaba interferindo com o metabolismo e resultando em hipofosfatemia – isso acaba por diminuir o DC, PA e piora a ICC.

A SNG deve ser usada somente com necessidade, elas predispõe a presença de atelectasia e pneumonia aspirativa. Devem ser retiradas quando o débito for menor de 400 ml e houver ruídos. Quando há esofagectomia e gastrectomia – manter 72 horas.

Resposta Metabólica ao Trauma


Resposta Metabólica ao Trauma

Há duas fases, a fase de choque e a fase de fluxo.

- Fase de choque – tem a duração de 18 a 72 horas, o organismo prioriza a sobrevivência, há desaceleração do metabolismo. Ocorre o predomínio da fase anaeróbia, circulação inadequada, acidose e hiperlactinemia.

- Fase de fluxo – há o aumento do consumo de oxigênio, de modo que o organismo mobiliza todas as fontes de energia, incluindo proteínas e lipídeos para sua recuperação completa. Nesta fase ocorre o aumento do catabolismo.

Após 30 h de jejum terminam as reservas de glicose muscular, de modo que o organismo passa a utilizar lipídeos, e mais tarde proteínas.

Alterações Endócrinas
ADH– está aumentada no 4º a 5º PO

Aldosterona – no PO há aumento da renina, angiotensina e aldosterona – o principal responsável é a queda do volume extracelular funcionalmente ativo pela seqüestração hídrica devido ao edema traumático.

Cortisol – aumenta 4 a 12 horas do PO – ele incorpora AA, estimula as enzimas hepáticas a degradar AA e influencia a síntese protéica – ajuda na cicatrização.

Catecolaminas – 12 a 48h após o trauma cirúrgico. Aumentam a glicogenólise, gliconeogênese, hidrólise de lipídeos e liberação de AA muscular. Há vasoconstrição, aumento da FC e estimulação cardíaca.

Insulina – está diminuída, tendendo a haver hiperglicemia no PO.

Glucagon – está aumentado no PO. Degrada glicose, degrada lipídeos, bloqueia a formação de glicogênio, favorece a transformação de AA em glicose.

GH, ACTH e TSH – aumentam

O centro de gatilho é o hipotálamo, que a partir de um trauma cirúrgico acaba por liberar os hormônios.

As repercussões no trauma incluem:
Distúrbios hidroeletrolíticos – hipovolemia e hipernatremia; hipercalemia; inicialmente há hipercalcemia e depois hipocalcemia e hipermagnesemia; cloro, bicarbonato, proteínas e fosfato tendem a cair; alcalose respiratória inicial e acidose metabólica depois.

Área metabólica – hiperglicemia, hiperlipidemia, elevação de AA, catabolismo protéico acentuado.

Complicações Pós-operatórias


Complicações Pós-operatórias

Febre 
A elevação da temperatura a 0,5 a 1º C é normal da resposta metabólica ao trauma cirúrgico. A maioria das infecções respiratórias ocorrem no 5º dia do PO, febre nas primeiras 24 a 48 horas do PO é atelectasia até que se prove o contrário. No terceiro dia do PO a febre geralmente é secundária a tromboflebite e ITU.
Assim, paciente que permanece com febre nos primeiros 8 dias do PO, deve ser investigado para: infecção respiratória, ITU, TVP ou de ferida. Paciente com diarréia e uso de ATB deve ser investigado para colite pseudomembranosa.

Hipotermia
Geralmente causada por fatores externos. Ocorre a diminuição do DC e da FC, e em temperaturas muito baixas pode haver arritmias. Uma temperatura menor de 35ºC, há coagulopatia. Pode ocorrer hipotensão e insuficiência cardíaca. A capacidade do indivíduo lidar com as anormalidade acidobásicas e com a infecção encontra-se comprometida.
Complicações pulmonares – é a complicação pós-operatória mais comum. Ocorre principalmente em pacientes idosos, pneumopatas, submetidos a procedimento cirúrgico do abdome superior ou torácico.

Atelectasia
É a complicação mais comum, ocorrendo 24 a 48h do PO. É responsável por 90% dos episódios febris do PO. A atelectasia pode ser maciça, segmentar ou focal. A atelectasia maciça está associada a febre de 39ºC.

Aspiração
Quando é maciça provoca cerca de 50% de mortalidade. Quando há aspiração de conteúdo gástrico, com ph < 2,5, é comum haver pneumonite química, que aumenta o risco de infecção secundária – Sd de Mendelson. O tratamento é realizado com aspiração endotraqueal imediata + ATB – a hidrocortisona pode ser útil nos 3 primeiros dias.

Pneumonia
Mais comumente é resultado da evolução da atelectasia. A ATB deve ser orientada para Gram + e negatico.

TEP
Geralmente ocorre do 7º ao 10º dia. No RX há o sinal clássico do triângulo invertido – representa área de condensação. A embolia gordurosa também pode ocorrer, principalmente em pacientes com fraturas de ossos longos – deve ser suspeitado em pacientes com petéqueas em tórax e dispnéia.

SDRA
Evolui cerca de 24 horas após o trauma. O paciente encontra-se taquipnéico, com dispnéia progressiva bx pO2 e alta pCO2. O RX mostra infiltrado intersticial bilateral. Quando a pO2 é menor de 60mmHg, está indicada a IOT.

Derrame Pleural
Geralmente ocorre um pq derrame pleural em pacientes em PO de cx do abdome superior. Geralmente é reabsorvido.o aparecimento tardio deve alertar para a presença de abscesso intracavitário. Pode ocorrer na pancreatite aguda, secundário a irritação do diafragma pela cauda do pâncreas.

Ferida Operatória 
Hematoma – o tratamento inicialmente é clínico, com analgésicos e crioterapia. A evacuação do hematoma está indicada caso haja infecção local. O hematoma de região cervical está indicada a evacuação cirúrgic.
Seroma – formam-se principalmente quando há a existência de espaço morto. Esta indicada a drenagem por punção ou abertura de pontos. Sua persistência predispõe a infecção.
Infecção – quando ocorre em menos de 48 horas, deve ser avaliado a presença de clostridium perfrigens (fasceíte necrotizante) e Estreptococcus beta hemolítico. A infecção da ferida operatória costuma ocorrer por volta do 7º PO.
Deiscência – Evisceração – hérnias – há fatores sistêmicos e locais que predispõe a tais complicações: DM, uremia, imunossupressão, sepse, hipoalbuminemia, câncer, obesos e pacientes fazendo uso de esteróides; técica de fechamento, aumento da pressão intraabdominal, cicatrização deficiente. Quando ocorre evisceração após 5º ao 10º PO, há a saída de líquido serossanguinolento após a abertura da pele. As alças evisceradas devem ser cobertas com compressas úmidas e a cirurgia de urgência deve ser realizada.

Complicações Urinárias 
Retenção Urinária – Infecção Urinária – geralmente ocorre após o 5º PO.
Insuficiência Renal Aguda. As indicações para a hemodiálise, incluem: K>5,5mEq/L; uréia>80 a 90mg/dL; acidose persistente; sobrecarga aguda de líquidos; sintoma urêmicos e remoção de toxinas.

Complicações Digestivas 
Dilatação gástrica – o tratamento é SNG e aspiração.
Ileo adinâmico – no quadro clinico ocorre distensão abdominal, parada de eliminação de gases e fezes, anorexia, náuseas e vômitos. No raio X há nível, contudo há a presença de ar no reto. A principal causa é a hipocalemia.
Obstrução intestinal – inicialmente o tratamento é clinico, e caso não se resolva em 48 a 72h, está indicado o procedimento cx.
Pancreatite – mais comum em pacientes submetidos a cx de VV biliares.
Ùlcera de stress – mais comuns em pacientes com insuficiência respiratória, infecção grave e hemorragia digestiva, também pode ocorrer em pacientes urêmicos. No caso de grandes queimados é chamada de úlcera de Curling – causada pela diminuição da produção de muco ocasionada pela vasoconstrição, no caso de politraumatizados, úlcera de Cushing – causada pelo aumento da acidez gástrica, causada pelo aumento dos hormônios de estresse.
Colite pseudomembranosa – trata-se de ulcerações difusas formadas no intestino grosso e delgado, com formação de pseudomembranas. Pode ser causada pelo uso de qq ATB. O tratamento é a suspensão do ATB e introdução de metronidazol ou vancomicina VO. O megacólon tóxico é a principal complicação.
Fecaloma – sinal de Gersuny – palpação de fezes na moldura cólica.
Parotidite – geralmente devido a desidratação, pela obstrução do ducto de Stenon, geralmente ocasionada pelo S aureus – o tratamento é realizado pela vancomicina.
Abscesso Hepático – atualmente a causa mais freqüente de abscesso hepático é a neoplasia. Icterícia – hepatite - Colecistite – geralmente alitiásica – costuma ocorrer mais em PO de cirurgias digestivas, o tratamento é cx.

Complicações Cirúrgicas
– edema agudo de pulmão
– arritmias cardíacas
– Infarto agudo do miocárdio.

Complicações Cerebrais
– AVC
– embolia cerebral
– psicose pós operatória
geralmente ocorre no 3º PO, antes deste dx deve ser descartado DHE ou sepse como causa. O tratamento é realizado com sedação com fenergan, haldol ou diazepam.

Complicações Metabólicas
– distúrbios de volume e hidroeletrolíticos.

Complicações Anestésicas
- doses máximas de anestésicos – a dose máxima de Lidocaína é 3-4mg/kg sem vasoconstritor e 7mg/kg com vasoconstritor.
Para homem de 70Kg – Lidocaína 0,5¨% - 98ml c/ vaso 42ml s/ vaso
Lidocaína 1% - 49ml 21ml
Lidocaína 2% - 24,5ml 10,5 ml
A dose máxima de bupivacaína é 2mg/kg
Quando injetado IV pode provocar arritmias.
A superdosagem provoca efeito de gosto metálico na boca, podendo ocorrer convulsões.
Na anestesia geral, uma complicação é a hipertermia maligna.
A incidência aumenta quando se utiliza a succinilcolina.
É uma síndrome hipercatabólica que se manifesta por taquicardia, cianose, sudorese, rigidez, anormalidade de pressão e aumento do CO2.
Somente 30% dos pacientes apresentam aumento de temperatura.
Trata-se de uma condição rara, autossômica, recessiva da musculatura esquelética.
O tratamento é a suspensão dos anestésicos, administrar O2, dantrolene, resfriar o paciente, tratar acidose e hipercalemia e tratar arritmias.
Raqui – é dada no espaço subaracnóideo, onde está o líquor.
Epidural – é onde está os vasos e nervos.
As vantagens da raqui em relação com a perindural: rápida e fácil, melhor relaxamento muscular, toxicidade menor – já que utiliza menos anestésico – 1 a 3 ml
As vantagens da perindural: pode utilizar cateteres para mais anestésico e efeito mais longo, pela maior quantidade de drogas.
A epidural pode perfurar a dura mater, já que é uma agulha grossa, com saída de liquor, podendo causar hipotensão, toxicidade anestésica e alergia.